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A educação proporciona experiências que nos marcam para toda a vida. As relações e aprendizados que surgem na escola entre professores, estudantes e toda a comunidade escolar nos permitem viver experiências ricas de desenvolvimento pessoal e superação. Por isso, investir em séries e filmes sobre educação é fundamental.
Antes de mais nada, as histórias do cinema e da TV fazem com que todos se identifiquem de alguma forma com diversas situações. Confira sugestões de produções para refletir sobre educação em diversas culturas e pontos de vista:
O Melhor Professor da Minha Vida (2017)

Neste longa francês, o professor François Foucault se encontra em uma situação delicada quando é transferido de seu emprego em uma instituição de elite para lecionar em uma escola pública na periferia de Paris. Mais do que ensinar, ele terá que aprender com os alunos e mudar sua visão de mundo para lidar com as dificuldades da classe.
Por que assistir: o conflito entre professores rígidos e alunos rebeldes continua sendo um tema interessante para contar boas histórias. Destaque entre os filmes sobre educação, traz novo fôlego à discussão da relação entre professor e aluno e ao conceito de “aluno-problema”, com um tom mais leve e doses de humor.
Que Horas Ela Volta? (2015)

Val deixa sua filha pequena em Pernambuco e se muda para São Paulo em busca de emprego. Assim, ela consegue estabilidade como babá e empregada doméstica em uma casa de classe alta. Porém, depois de 13 anos, sua filha vai a seu encontro na metrópole com o objetivo de prestar vestibular e estudar em uma universidade pública, desafiando Val a questionar sua relação com seus patrões.
Por que assistir: entre seus diversos temas, o filme retrata as maneiras como a educação formal e níveis de instrução são desenvolvidos em diferentes gerações e classes sociais no Brasil, e como a desigualdade social e o preconceito podem influenciar comportamentos e escolhas.
Escritores da Liberdade (2007)

Erin Gruwell é uma professora recém-formada, disposta a fazer a diferença em sua profissão, até que se vê diante de uma classe de alunos envolvidos em conflitos de segregação racial, colegas de trabalho desmotivados e espaços da escola em ruínas. Ela acredita no potencial da turma e assume o desafio de educar os jovens e melhorar o ambiente violento da escola.
Por que assistir: sucesso entre os filmes sobre educação, a produção é baseada na história real de Erin Gruwell, uma professora na Califórnia, Estados Unidos, que conseguiu transformar seus alunos lidando com a intolerância e o preconceito.
A Onda (2008)

Ao enfrentar dificuldades para ganhar a atenção de seus alunos nas aulas sobre autocracia, o professor Rainer Wenger decide desenvolver um experimento diferente em sala de aula: simular uma ditadura, similar ao nazismo, em que o professor assume o papel de líder e os alunos formam seu grupo de seguidores. Em pouco tempo, a experiência ganha proporções assustadoras e mostra o poder do fanatismo no grupo.
Por que assistir: com seu roteiro impactante, ambientado em uma escola alemã contemporânea, A Onda é um filme sobre educação que envolve conceitos de História, Sociologia e Filosofia, e pode ser contextualizado também com as questões de disseminação de ideias em discursos de ódio.
Madadayo (1993)

Madadayo acompanha a vida de um professor no momento de sua aposentadoria que, mesmo após deixar a sala de aula, continua sendo lembrado por todos com sua influência que atravessa gerações. Assim, ele mantém o elo com sua profissão e seus ex-alunos já adultos, que comemoram o aniversário de seu mestre e se reúnem todo ano. O filme mostra a ação transformadora da docência ao longo da vida do professor.
Por que assistir: o último filme dirigido por Akira Kurosawa é um bom representante da cultura e modelo de educação orientais e se passa em um período importante da história do Japão, incluindo em seus temas os ataques a Hiroshima e Nagasaki. O filme sobre educação foi inspirado nos relatos autobiográficos de Hyakken Uchida (1889-1971), professor e autor de diversos romances e ensaios.
Hoje eu Quero Voltar Sozinho (2014)

Leonardo é um estudante no Ensino Médio que passa pela fase de descobertas e mudanças típicas da adolescência. Porém, ele é cego desde o nascimento e busca maneiras de ser independente, superar o preconceito e evitar a superproteção da família e dos amigos. Quando ele se aproxima de um novo colega, passa a questionar suas relações e sentimentos enquanto lida com seus dilemas.
Por que assistir: a história aborda o universo adolescente e as relações humanas de forma sutil e sensível, além da questão da acessibilidade e da educação emocional. Destaque do cinema nacional e entre os filmes sobre educação, o longa foi premiado no Festival de Berlim e participou da seleção de indicados ao Oscar na categoria de Melhor Filme Estrangeiro, em 2015.
Sociedade dos Poetas Mortos (1989)

Os alunos da Academia Welton, um colégio de elite só para meninos, vivem sob constante pressão para ter notas máximas em seus exames e assim ingressar em universidades de prestígio no futuro. Mas a chegada de um novo professor de literatura, com sua proposta fora dos padrões, faz os jovens questionarem as imposições de seus pais e da direção da escola, encontrando suas verdadeiras paixões por meio da poesia.
Por que assistir: o filme continua atual ao retratar o poder transformador da arte e da literatura, além de mostrar como a inversão de papéis na sala de aula pode engajar o estudante. Entre os autores com obras citadas no filme, destacam-se Shakespeare, Walt Whitman e Henry David Thoreau. Vencedor do Oscar de Melhor Roteiro Original.
Como Estrelas na Terra: Toda Criança é Especial (2007)

Ishaan tem 9 anos e passa por séries dificuldades de desempenho escolar. Ele já repetiu de ano e não mostra sinais de avanço, com chances de ser retido novamente. As dificuldades de Ishaan também afetam seu desenvolvimento social e ele está solitário e desmotivado. Suas chances mudam quando o professor substituto Nikumbh chega à escola e descobre que o garoto tem dislexia, e a partir daí assume o compromisso de mudar a vida da criança.
Por que assistir: um mergulho no sistema educacional indiano, o filme aborda temas muito relevantes também para a educação brasileira, como a retenção escolar e a adequação das escolas às crianças com necessidades especiais.
Rita (2014)

Com quatro temporadas, a série retrata a vida de Rita Madsen, professora em uma escola na Dinamarca. Enquanto enfrenta as dificuldades de criar seus três filhos sozinha, Rita precisa equilibrar seu dia a dia para lidar com os conflitos da escola e burocracias que prejudicam seu trabalho, pais de alunos furiosos, estresse e outras dificuldades enfrentadas pelos professores.
Por que assistir: Rita foge do clichê de professor super-herói para humanizar e aprofundar a vida de uma educadora dentro e fora da escola de forma sincera, com suas dificuldades e imperfeições, além de valorizar o protagonismo feminino. Tudo embalado por um tom bem-humorado e perspicaz.
Anne com E (2017)

A série, atualmente com duas temporadas disponíveis, conta a história de Anne Shirley, uma menina órfã no Canadá do século XIX que passa a morar em uma fazenda depois de ser adotada por engano por dois irmãos. Apesar de tudo, ela comemora o fato de finalmente fazer parte de uma família, e não abrirá mão de seu otimismo e leveza mesmo diante das dificuldades e inseguranças que enfrentará ao frequentar a escola e conhecer novas pessoas.
Por que assistir: a história é uma adaptação do livro clássico infantojuvenil Anne of Green Gables, da escritora canadense Lucy Maud Montgomery, publicado em 1908. A série é produzida em meio as belíssimas paisagens do interior do Canadá e cativa públicos de todas as idades.
Merlí (2015-2018)

A série espanhola retrata o dia a dia do professor de Filosofia Merlí Bergeron a partir do momento em que ele é contratado para lecionar no Ensino Médio. Enquanto passa por mudanças difíceis em sua vida pessoal, Merlí mobiliza seus alunos com sua abordagem disruptora das principais correntes de pensamento filosófico.
Por que assistir: cada episódio aborda o pensamento de um filósofo, partindo de Aristóteles e os peripatéticos. O professor Merlí consegue engajar os alunos nas aulas por meio da contextualização da vida dos adolescentes com a Filosofia, mostrando como as correntes de pensamento podem nos ajudar a refletir e esclarecer questões morais e éticas da vida social.
Um dos papéis dos museus é preservar e divulgar a história e a cultura brasileira por meio de obras de arte, artefatos e materiais diversos que contribuam para a compreensão e apreciação da nossa diversidade.
O espaço museológico também é um lugar para aprender e contextualizar o que se ensina na escola e, por isso, os museus oferecem um núcleo educativo para a comunidade escolar, que pode incluir visitas mediadas, cursos, oficinas e atividades diversas.
Confira a seguir sugestões de museus brasileiros com atividades educativas para fascinar alunos, professores e famílias:
Museu da Imigração – São Paulo

O Museu da Imigração é o local para compreender os fluxos migratórios que contribuíram para a formação da cidade de São Paulo, durante os séculos XIX e XX. A exposição principal traz objetos pessoais de imigrantes, documentos históricos e depoimentos em áudio e vídeo. O núcleo educativo oferece programas focados em diversos públicos, inclusive para comunidades de migrantes que vivem nos territórios próximos, no centro da cidade.
O museu ocupa o prédio histórico onde funcionava a antiga Hospedaria de Imigrantes do Brás, que recebeu 2,5 milhões de pessoas entre 1887 e 1978, quando encerrou suas atividades.
Instituto Ricardo Brennand – Recife

O instituto, localizado no bairro da Várzea, em Recife, é um complexo composto de seis edifícios – Museu das Armas, Pinacoteca, Biblioteca, Auditório, Jardim das Esculturas e Galeria – e abriga preciosidades do acervo pessoal do engenheiro e empresário Ricardo Brennand, além de dar espaço a exposições de artistas convidados, com destaque para o polo artístico-cultural recifense.
Em suas ações educativas, o instituto oferece visitas mediadas, oficinas de arte e cultura brasileira, além de formação de educadores.
Museu da Gente Sergipana – Aracaju

O Museu da Gente Sergipana ocupa o prédio do antigo Colégio Atheneu Dom Pedro II, o “Atheneuzinho”, construído em 1926. Apesar de sua construção clássica, o museu tem uma proposta totalmente contemporânea à cultura digital, com um espaço multimídia de imersão que envolve as novas gerações.
Com o objetivo de disseminar a memória e cultura popular sergipana, o museu desenvolve atividades multidisciplinares para educadores e valoriza o processo lúdico das brincadeiras na mediação cultural com crianças.
Museu Imperial – Petrópolis

A casa de verão da Família Real, construída no centro de Petrópolis em 1862, foi transformada no icônico Museu Imperial, que preserva diversos itens de mobiliário, instrumentos musicais, roupas e objetos de Dom Pedro II e de sua família.
O trabalho pedagógico do museu promove conhecimento e abordagem crítica do período monárquico por meio da mediação e exploração dos objetos de carga histórico-cultural. Além disso, oferece diversas opções educativas, como o Projeto Petrópolis, que organiza atividades interativas no espaço do museu para que estudantes do Ensino Fundamental explorem a história da cidade.
Casa Mário de Andrade – São Paulo

O sobrado onde o modernista Mário de Andrade viveu por 24 anos está aberto ao público como museu e espaço cultural. A exposição de longa duração intitulada Morada do Coração Perdido expõe objetos pessoais, móveis originais da casa e produções artísticas do autor.
Assim como Mário de Andrade, que tinha interesses variados, o museu abrange em sua programação atividades educativas em diversas artes, como literatura, música e teatro. O público tem acesso a cursos, grupos de estudos, concertos, oficinas e palestras, tornando a casa um verdadeiro espaço coletivo de disseminação da cultura brasileira.
Museu Oscar Niemeyer – Curitiba

A estrutura impressionante do Museu Oscar Niemeyer (MON) é um cartão postal clássico de Curitiba, projeto do arquiteto homônimo dedicado a exposições de artes visuais, design e arquitetura.
O MON investe no potencial educativo da arte com visitas mediadas, oficinas de criação artística e atendimento personalizado a instituições, professores e profissionais da área. O projeto MON para Educadores, por exemplo, oferece oficinas gratuitas para enriquecer a formação dos profissionais da educação.
Museu do Futebol – São Paulo

O Museu do Futebol é referência para a preservação e divulgação da história do esporte que é patrimônio histórico e cultural do país. Sua exposição principal mostra a influência da cultura futebolística que atravessa gerações por meio de objetos nostálgicos, homenagens a jogadores icônicos e materiais audiovisuais.
Está muito bem localizado nas instalações do Estádio do Pacaembu e, em seu núcleo educativo, proporciona visitas em grupo, mediação para visitantes em geral, atividades, projetos e materiais didáticos relacionados ao esporte.